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  • Foto do escritorMateus Lamari

Osteoporose e Fisioterapia

Os ossos são formados por uma matriz que recebe complexos minerais compostos de cálcio. Em constante processo de renovação, com o passar dos anos, a absorção de células ‘velhas’ aumenta e a formação de novas células ósseas diminui, predispondo a osteopenia e osteoporose. Resumindo, os ossos não se renovam como deveriam, tornam-se fracos e finos, aumentando sua fragilidade.


No caso de perdas de massa óssea mais suave, a condição é chamada de osteopenia. Já as perdas maiores são decorrentes da osteoporose e podem ser responsáveis por fraturas, em alguns casos, consequência de pequenos impactos. As fraturas mais evidenciadas são nas costelas, no fêmur e no punho.

A perda da independência funcional, decorrente da incapacidade de deambular, é a principal consequência da fratura de quadril, seja por limitação funcional ou por medo de quedas. A inatividade física leva à piora da osteoporose e aumenta ainda mais os riscos de quedas e novas fraturas.


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1/3 das mulheres brancas acima de 65 anos são portadoras da osteoporose. Estudos epidemiológicos realizados nos EUA revelaram que 70% das fraturas na população com idade de 45 anos ou mais são atribuídas a osteoporose. Aos 80 anos 1 entre 3 mulheres e 1 entre 6 homens apresentarão fratura de quadril.


A atividade física ou a prática regular de exercícios físicos influenciam a manutenção das atividades normais ósseas, e por este motivo a Fisioterapia vem sendo indicada no tratamento da osteoporose, com intensidade, frequência e duração dos exercícios utilizados com bases individuais e específicas.


E quais são os fatores de risco?


Entre os principais fatores de risco estão:


– Histórico familiar de osteoporose

– Envelhecimento

– Dieta pobre em cálcio e vitamina D

– Baixo peso corporal

– Sedentarismo

– Abuso de álcool

– Tabagismo

– Menopausa

– Uso abusivo de remédios à base de corticoides

– Diabetes

– Disfunções na tireoide

– Baixa exposição ao sol


Principais sintomas da osteoporose

A doença, na maioria das vezes, se apresenta de forma silenciosa até se manifestar com alguma fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam, ou sintomas de acordo com o seu avanço, podendo incluir:


· Dores na região lombar ou cervical, em virtude das fraturas dos ossos da coluna vertebral;

· Fraturas proximais do fêmur, punho e costelas;

· Postura alterada (curvada ou cifótica) com a consequente redução de estatura ao longo do tempo;

· Sensibilidade óssea e dor relacionada ao local de fratura.

Como se prevenir?

Um dos elementos fundamentais para garantir a saúde dos ossos é a prática regular de atividade física desde cedo, o que permite alcançar o pico de massa óssea. Exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e também com carga contribuem para aumentar um pouco esse índice, que se mantém com a continuidade das atividades, além de reduzir a chance de quedas.


Tomar sol é parte importante no processo de prevenção da doença. Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. A exposição à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – pode fazer a diferença na produção óssea.

Hábitos de vida saudáveis, adotando uma dieta com alimentos ricos em cálcio e vitamina D, evitar o fumo e o álcool, além de se manter no peso ideal, também ajudam.

O tratamento para a osteoporose


É importante que a osteoporose seja diagnosticada precocemente. Cada caso deve ser avaliado de forma criteriosa e o tratamento válido deve envolver o acompanhamento de vários profissionais, dentre eles o Fisioterapeuta, com o objetivo de deter a fragilidade e, quando possível, recompor a massa óssea.

O papel da Fisioterapia no tratamento e prevenção


Benefícios: A fim de melhorar a qualidade de vida do paciente com osteoporose, a Fisioterapia oferece um trabalho de fortalecimento de músculos, que ajuda na prevenção das possíveis deformidades e fraturas ósseas, além de outras complicações; ajuda na melhora da coordenação e do equilíbrio do paciente (indispensáveis para prevenção de quedas).


Como é realizado: Durante as sessões de Fisioterapia (que, dependendo do caso, podem ser realizadas na clínica especializada ou em domicílio), o profissional irá trabalhar de maneira personalizada, ou seja, adaptar cada exercício às necessidades individuais de cada paciente e aos sintomas que ele apresentar. Exercícios de alongamento, de fortalecimento muscular, de coordenação e equilíbrio, além de outros como Pilates e caminhada devem ser realizados sempre com a supervisão do Fisioterapeuta e, uma vez realizado com a devida cautela, podem contribuir, significativamente, para retardar a perda da massa óssea que ocorre com a inatividade e melhorar a força e o equilíbrio do paciente com osteoporose.


Duração do tratamento: O tempo de tratamento com a Fisioterapia vai depender do quadro do paciente. Na verdade, a quantidade de sessões é que podem ser reduzidas, mas é sempre importante que o paciente dê continuidade aos exercícios que o Fisioterapeuta orientar, até mesmo em casa. Vale ressaltar ainda que a Fisioterapia não exclui a necessidade de uma alimentação saudável e rica em cálcio e vitamina D, além de possíveis medicamentos e exposição ao sol, se o paciente não tiver nenhuma contra indicação para isso.


MAS ATENÇÃO!


Lembre-se da individualidade biológica! Para saber o nível de atividade física, volume de treino, tipo de exercícios, duração, entre outros fatores, entre em contato conosco.


Obrigado!

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